sábado, 1 de dezembro de 2012

TURISMO RURAL E COMUNITÁRIO EM BAFATÁ


F
oi organizada de 23 à 25 de Novembro a Viagem Turística Turismo de Aventura: Turismo Rural e Comunitário na Região de Bafatá, um evento organizado pela Comissão Elite 5 que contou com a participação de 16 aventureiros o evento tinha como objectivo conhecer as Localidades que fazem parte do nosso Território podendo igualmente conhecer e transmitir as suas histórias socioculturais. À saída de Bissau teve um ligeiro atraso devido o transporte, e no caminho em direcção a Leste do país chamou a atenção do grupo a paisagem, as pessoas que pelas estradas encontrou uns vendendo seus produtos outros passando simplesmente, os postos de controlos das Forças da Defesa e Segurança, os animais e o clima agradável que se sentia no princípio da tarde que anunciava o inicio do frio (‘’kunfentu’’).
Tendo percorrido cerca de duas horas e meia ao caminho até Bantandjam local onde se instalou a Elite5 não demorou muito e logo em seguida rumou-se a Cidade de Bafatá aquela que viu nascer o grande pensador e Pai da Nacionalidade Guineense, Amílcar Lopes Cabral ou Abel Djassi (nome de Cabral durante a Luta de Libertação Nacional). Chegando em Bafatá a comitiva foi almoçar na Churrasqueira Maimuna Capé depois do almoço e antes de ir ao Capé fez uma paragem no Hotel TRITON de Bafatá e em seguida seguiu-se rumo a Tabanca Capé onde se encontra a Destilaria e o Hotel Capé do Famoso Carlos Barbosa vulgo Capé (Mandioca em língua fula). A comitiva foi calorosamente recebida pela família Capé. Depois de cumprimentar a simpática família Rural foi acompanhada pela Dr.ª Susy Barbosa, filha do Capé que falou da sua Herdade dos trabalhos realizados entre os quais a destilação de cana bordão a hotelaria entre outros. Depois da apresentação a Dr.ª Susy falou ao GBT da sua carreira: de inicio trabalhava como consultora de Banking a nível d internacional quando decidiu vir pra Guiné-Bissau concretamente Capé deixou de lado a sua especialidade como consultora dedicando-se mais a destilaria, construção de estradas em terra batida e fornecimento de areias para as grandes empresas de construção civil a nível do país o que lhe impede de dedicar a sua carreira inicial, também dedica-se muito a hotelaria com a ajuda da irmã Vanda e do próprio pai. Nesta trilha empreendedora o produto mais comercializado é o turismo de caça que começa de Dezembro a Junho com os turistas de Portugal que já são clientes do Hotel há mais de dez anos. Tendo em conta a fraca afluência dos turistas e sendo que não investem no turismo interno, o Hotel é obrigado a fechar as suas portas durante os seis meses morto elas dedicam-se a agricultura e destilaria que depois os produtos são comercializados cá dentro do país e também exportado para os países vizinhos. Para divulgar e promover as suas actividades criaram um Site onde estão todas as informações necessárias sobre o Hotel e a Destilaria Capé, a nível nacional são divulgadas informações através dos Organismos Internacionais e das Embaixadas residentes na Guiné. A Herdade do Capé tem uma história ligada com o Portugal que começou desde a época colonial, uma herança que pertencia aos seus antecessores. O que ligou a Capé com Portugal é a Fonte de Spínola, o nome foi dado pelo próprio era Governador da Guiné Portuguesa quando passava de avião viu o local e se interessou por ele, batizou com o nome de Spínola a Fonte que lhe chamou atenção. Para além destas actividades desenvolvem acções sociais nas diferentes localidades ajudando a população nas diferentes áreas sem o apoio do Governo, a Doutora ressaltou ainda a importância de o Governo apoiar sobretudo na alfabetização das mulheres nas diferentes tabancas de Capé. Conclui a Doutora Susy Carla Barbosa.

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