quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Saltinho

Saltinho

Cussilinta

Admirando a Natureza em Cussilinta

Tomando banho em Cussilinta

Uma moça catandera em Bor

Ponte General Craveiro Lopes em Saltinho

Francelino

Ntumbanha e Aby

Os turistas

Ntumbanha

Canoa da Sorte em Cussilinta

sábado, 1 de dezembro de 2012

O SEGUNDO DIA DE AVENTURA NA REGIÃO DE BAFATÁ


O dia começou bem já que a madrugada fria deixou o grupo gelado e com curiosidades para uma nova aventura e descoberta que esperava os aventureiros turistas. O Ntumbanha, um dos aventureiros turistas acordou ao meio da noite motivado pelo som noturno dos sapos, grilos, mochos pombos e pela magnífica luz do pirilampo que iluminava o quarto da pousada onde se instalou o grupo. Emocionado o Ntumbanha não conseguiu conter a inspiração que sentia pelo encanto rural escreveu um poema intitulado ‘’madrugada fria’’. Levantou-se às seis horas antes dos outros e saiu passear foi até a Ponte Bambadinca, mas no caminho passou as tambancas de Santa Helena e de Entre Meio em busca do contacto com a natureza. Conseguiu falar com a natureza naquela madrugada fria e esta lhe trouxe uma visão o segredo que ele guardou só para ele. Conheceu uma vendedeira em Santa Helena, um menino pescador de nome Kevin na bolanha de Entre Meio, duas mulheres da etnia biafada na ponte Bambadinca que lhe ensinaram algumas palavras em dialeto biafada (Báma e Fáma que significa Pai e Mãe). De regresso a pousada encontrou um outro menino pescado da tabanca de Entre Meio que conheceu em Quinhamel o famoso Fábio, este veio visitar a irmã mais velha e também aproveitou do hábito da aldeia e foi pescar ao lago. Mas o jovem aventureiro não deixou voltar a pousada sem primeiro conversar com os moradores das duas tabancas ‘’quase misteriosas’’, pela curiosidade, foi conversar com um senhor na tabanca de Entre Meio de nome Resende Dias Medina, este pela gentileza convidou o jovem Ntumbanha a tomar um café-entremeio. Foi bom demais ter provado e aprovado o café do senhor Medina. Na conversa percebeu que havia uma comunidade rural de diferentes etnias entre as quais papéis (maioritária) balantas, mansoncas, cristãos do Geba, e mandingas. Todas estas etnias viviam em harmonia e perfeito entendimento sem contendas partilhavam uma única bolanha. A vida comunitária e rural destes moradores não é nada fácil pois estes vivem da plantação de arroz e doutros produtos agrícolas ou plantação de hortaliças, da pesca e do pequeno comércio dos seus produtos. A tabanca de Entremeio tem esse nome devido a sua localização geográfica (situada entre Santa Helena e Bambadinca). Em Santa Helena quase se verifica a mesma realidade com a de Entremeio tanto a nivel sociocultural quanto ambiental não há grandes diferenças.
Depois do pequeno-almoço o grupo dos aventureiros partiu para mais uma aventura natural, desta vez em Saltinho e Cussilinta. No caminho teve uma paragem em Bambadinca para uma pequena compra e em seguida seguiu-se para Saltinho aonde tem uma ponte um rio e uma pousada turística onde a natureza é o maior fenómeno atractivo da zona. Uma perfeita harmonia natural. A natureza, o turismo e a população curiosa do Saltinho. O Saltinho é uma zona turística que oferece condições para o turismo de caça, pesca, natureza, ecoturismo, aventura, rural e comunitário podendo associá-lo com o turismo solidário. A queda da agua de Saltinho e a Ponte General Craveiro Lopes mexeram muito com os jovens aventureiros que ficaram pasmados e estupefactos tirando fotografias em todas aas posições e de todos os estilos. O mesmo aconteceu em Cussilinta uma zona também encantadora que conserva uma piscina natural. Fomos curtir o exotismo da piscina natural do Cussilinta embora o acesso ao local não era permitido devido as condições rodoviárias e cresceu uma enorme mata pelo caminho que não garantia mesmo a nossa entrada a zona balnearia de Cussilinta. Mesmo assim, fomos para uma outra zona de acesso fácil acompanhado de um guia local um camponês senhor Iaia e duma criança Ussumane, que nos seguiu de bicicleta desde a estrada até o local. A paisagem rica linda e convidativa fez embriagar o grupo dos aventureiros que tiravam fotografias descontroladamente. No local um velho restaurante e hotel já em ruinas chamou atenção do grupo, mas o que mais deixou curioso os turistas jovens é a ‘’pedra do milagre’’, ao meio da água. Uma pedra onde se podia lançar moedas pedindo tudo quanto queria, mas como não havia acesso a pedra tinha uma canoa misteriosa não comum das outras que costumamos ver as moedas foram deixadas ali pois o dono da canoa levava todas as moedas ao lugar destinado sem ousar tirar uma para o seu proveito. Outra curiosidade que nos marcou em Cussilinta foi ter visto uma grande serpente linda e colorida, o Ntumbanha pela sua curiosidade queria fotografa-la mas foi interdito porque o lugar era ‘’sagrado’’ e a serpente possivelmente era o dono daquele maravilhoso e misterioso santuário. Ela deitada e enrolada entre uma rede de pesca artesanal mansa e quieta não se incomodou com a presença dos aventureiros turistas estrageiros (de Bissau) que estavam na sua propriedade.
De regresso a Bantandjam o grupo foi almoçar descansar e prepara para uma noite de animação com espetáculo do conceituado Músico Guineense Justino Delgado no Hotel TRITON e da balada ‘’caliente’’ na Discoteca KISS. Assim, o grupo se aprontou para a noite animada. Uma multidão encheu a parte norte do Hotel a espera do grande momento do show Delgado e o grupo dos aventureiros chegou no momento preciso quando já faltava pouco para iniciar o grande show. Antes disso um grupo de músicos de Nova Geraçao animava o Público presente no TRITON com musicas em crioulo e em outros dialetos. Poucos minutos depois o Jujú Delgado começou o seu show cantando a voz musicas dos seus antigos Albuns e do ultimo que lançou no mercado algo que emocionou muito o publico. Foi um show bem ‘’caliente’’ mesmo. Os aventureiros saíram do TRITON foram terminar a noite na discoteca KISS onde também encontrou o calor humano dos Bafatenses, dançaram ao ritmo de House, Zouk love, Kizomba, Techno, Kuduro, etc. a noite foi de facto maravilhoso demais!
No Domingo o último dia de Aventura em Bafatá o grupo acordou tarde demais devido ao cansaço da noite anterior. Tendo acabado de tomar o pequeno-almoço seguiu-se depois para Bafatá como previsto na agenda aonde foi visitar as ruas de Bafatá, a casa de Cabral, a Fonte de Boma, a Piscina Corca Sow a Prisao 49, o 1º Mercado de Bafatá, etc. não demorou muito e voltou para Bantandjam, para preparar o regresso a Capital. Em Bantandjam, o grupo chegou na hora precisa do almoço com a presença improvisada do Inspector-geral do Turismo acompanhado do Exator das Finanças. Após o almoço o IG fez um discurso de encorajamento dizendo que a iniciativa é louvável e não vai parar por aqui haverá mais eventos de género. O mesmo pediu ainda que haja entendimento harmonia e solidariedade entre as pessoas tanto no trabalho como na rua. Concluiu. Quem também falou foi o nosso grande Conselheiro Fernando Ié na qual felicitou a organização e encorajou os jovens a levarem a frente iniciativa como esta.  Para encerrar a vice presidente da Comissão Organizadora, Carolina Rodrigues começou agradecendo o Fernando Ié pelo apoio prestado a C.O. esta também acha que o turismo na Guiné-Bissau a partir de agora as pessoas dirão que um grupo de jovens fizeram algo marcante na historia do Turismo guineense, também agradece o IG e todos os participantes na Aventura Turística.

TURISMO RURAL E COMUNITÁRIO EM BAFATÁ


F
oi organizada de 23 à 25 de Novembro a Viagem Turística Turismo de Aventura: Turismo Rural e Comunitário na Região de Bafatá, um evento organizado pela Comissão Elite 5 que contou com a participação de 16 aventureiros o evento tinha como objectivo conhecer as Localidades que fazem parte do nosso Território podendo igualmente conhecer e transmitir as suas histórias socioculturais. À saída de Bissau teve um ligeiro atraso devido o transporte, e no caminho em direcção a Leste do país chamou a atenção do grupo a paisagem, as pessoas que pelas estradas encontrou uns vendendo seus produtos outros passando simplesmente, os postos de controlos das Forças da Defesa e Segurança, os animais e o clima agradável que se sentia no princípio da tarde que anunciava o inicio do frio (‘’kunfentu’’).
Tendo percorrido cerca de duas horas e meia ao caminho até Bantandjam local onde se instalou a Elite5 não demorou muito e logo em seguida rumou-se a Cidade de Bafatá aquela que viu nascer o grande pensador e Pai da Nacionalidade Guineense, Amílcar Lopes Cabral ou Abel Djassi (nome de Cabral durante a Luta de Libertação Nacional). Chegando em Bafatá a comitiva foi almoçar na Churrasqueira Maimuna Capé depois do almoço e antes de ir ao Capé fez uma paragem no Hotel TRITON de Bafatá e em seguida seguiu-se rumo a Tabanca Capé onde se encontra a Destilaria e o Hotel Capé do Famoso Carlos Barbosa vulgo Capé (Mandioca em língua fula). A comitiva foi calorosamente recebida pela família Capé. Depois de cumprimentar a simpática família Rural foi acompanhada pela Dr.ª Susy Barbosa, filha do Capé que falou da sua Herdade dos trabalhos realizados entre os quais a destilação de cana bordão a hotelaria entre outros. Depois da apresentação a Dr.ª Susy falou ao GBT da sua carreira: de inicio trabalhava como consultora de Banking a nível d internacional quando decidiu vir pra Guiné-Bissau concretamente Capé deixou de lado a sua especialidade como consultora dedicando-se mais a destilaria, construção de estradas em terra batida e fornecimento de areias para as grandes empresas de construção civil a nível do país o que lhe impede de dedicar a sua carreira inicial, também dedica-se muito a hotelaria com a ajuda da irmã Vanda e do próprio pai. Nesta trilha empreendedora o produto mais comercializado é o turismo de caça que começa de Dezembro a Junho com os turistas de Portugal que já são clientes do Hotel há mais de dez anos. Tendo em conta a fraca afluência dos turistas e sendo que não investem no turismo interno, o Hotel é obrigado a fechar as suas portas durante os seis meses morto elas dedicam-se a agricultura e destilaria que depois os produtos são comercializados cá dentro do país e também exportado para os países vizinhos. Para divulgar e promover as suas actividades criaram um Site onde estão todas as informações necessárias sobre o Hotel e a Destilaria Capé, a nível nacional são divulgadas informações através dos Organismos Internacionais e das Embaixadas residentes na Guiné. A Herdade do Capé tem uma história ligada com o Portugal que começou desde a época colonial, uma herança que pertencia aos seus antecessores. O que ligou a Capé com Portugal é a Fonte de Spínola, o nome foi dado pelo próprio era Governador da Guiné Portuguesa quando passava de avião viu o local e se interessou por ele, batizou com o nome de Spínola a Fonte que lhe chamou atenção. Para além destas actividades desenvolvem acções sociais nas diferentes localidades ajudando a população nas diferentes áreas sem o apoio do Governo, a Doutora ressaltou ainda a importância de o Governo apoiar sobretudo na alfabetização das mulheres nas diferentes tabancas de Capé. Conclui a Doutora Susy Carla Barbosa.